quarta-feira, 23 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
Mocinha
"Mas ora, claro que és bonita!" - fora o início da quebra de seus estigmas.
O mundo ainda era novo e todos os passos tinham cheiro de flor. Aos olhos da criança, nada parece errado. Faltam-lhe os olhos treinados para enxergar mais longe e mais a fundo. Falta-lhe a retina adaptada à pouca luz do coração, sempre nebuloso.
As pedras são muitas, como sempre o são, mas a montanha é mais íngreme do que o corpo suporta. Pisa em falso. Cai.
Do sopé, a distância que separa dos que ficaram se torna alimento, luz e força. Crescia a cada cicatriz, até que os novos olhos encontravam de frente as mesmas pedras.
Não seguiu pela mesma trilha, e os novos passos viam outras flores. "Mas ora, claro que és bonita!" - não mais a surpreendeu. Com mais firmeza, tinha (talvez) um pouco de voz ativa em si.
Retransformou-se.
O mundo ainda era novo e todos os passos tinham cheiro de flor. Aos olhos da criança, nada parece errado. Faltam-lhe os olhos treinados para enxergar mais longe e mais a fundo. Falta-lhe a retina adaptada à pouca luz do coração, sempre nebuloso.
As pedras são muitas, como sempre o são, mas a montanha é mais íngreme do que o corpo suporta. Pisa em falso. Cai.
Do sopé, a distância que separa dos que ficaram se torna alimento, luz e força. Crescia a cada cicatriz, até que os novos olhos encontravam de frente as mesmas pedras.
Não seguiu pela mesma trilha, e os novos passos viam outras flores. "Mas ora, claro que és bonita!" - não mais a surpreendeu. Com mais firmeza, tinha (talvez) um pouco de voz ativa em si.
Retransformou-se.
Assinar:
Postagens (Atom)